Urap Eduardo Assmar, no bairro Quinze e Urap Augusto Hidalgo de Lima, no Palheiral, foram fechadas nessa sexta-feira (31) até que as águas do rio baixem. Neste sábado (1), manancial chegou a 17,55 metros. Rua da Urap Eduardo Assmar, no bairro Quinze, está tomada pelas águas do Rio Acre em Rio Branco
Eldérico Silva/Rede Amazônica
A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco precisou fechar nessa sexta-feira (31) duas unidades de referência em atenção primária por conta da cheia do Rio Acre na capital.
Entre as unidades estão a Urap Augusto Hidalgo de Lima, no bairro Palheiral, e a Urap Eduardo Assmar, no bairro Quinze.
Conforme comunicado postado nas redes sociais da prefeitura, a medida foi tomada por questão de segurança, uma vez que as águas do manancial já atingem as unidades, e deve perdurar até que a situação seja controlada.
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O nível do Rio Acre marcou 17,55 metros na medição das 9h deste sábado (1) em Rio Branco, mais de três metros acima da cota de transbordo, que é de 14 metros, e segue em tendência de elevação. Essa é a maior enchente do últimos oito anos e a 5ª maior da história.
Segundo dados da Defesa Civil Municipal, mais de 2,9 mil pessoas estão desabrigadas e desalojadas na capital acreana por conta da enchente do Rio Acre. Mais de 48 mil moradores da capital estão atingidos.
Cerca de 48 mil pessoas estão atingidas pela enchente do Rio Acre em Rio Branco
Pedro Devani/ SECOM
Cerca de 39 bairros da zona urbana de Rio Branco estão atingidos pela enchente. Além disso, 27 comunidades rurais estão atingidas, com 4,1 mil pessoas de mais de mil famílias.
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Com a subida do Rio Acre e o acúmulo de balseiros, a Ponte Juscelino Kubitschek, conhecida como Ponte Metálica, foi interditada na noite dessa segunda-feira (27), em Rio Branco por medida de segurança. Enquanto isso, o tráfego na Ponte Coronel Sebastião Dantas está em mão dupla, assim como na Epaminondas Jácome.
Seis municípios acreanos decretaram situação de emergência: Rio Branco, Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Sena Madureira. No sábado (25), o governo federal reconheceu a situação de emergência em Rio Branco por causa dos estragos causados pelas chuvas e nessa quarta (29) fez o reconhecimento da situação de emergência de Brasiléia, Assis Brasil e Xapuri.
No domingo (26), os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Wolff, chegaram ao Acre para um sobrevoo pelas áreas alagadas. Eles percorreram os bairros, conversaram com moradores e garantiram a liberação imediata de R$ 1,4 milhão para ajuda humanitária.
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