Rua que dá acesso ao 2º Distrito de Rio Branco pelo Centro é interditada por conta da enchente

Rio Acre marcou 17,58 metros na medição das 12h deste sábado (1) em Rio Branco. Essa é a maior cheia dos últimos 8 anos. Rua que dá acesso ao 2º Distrito de Rio Branco pelo Centro é interditada por conta da enchente
Arquivo/Detran-AC
O Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran-AC) precisou interditar a Rua 24 de Janeiro, que dá acesso ao Segundo Distrito de Rio Branco pelo Centro da cidade, por conta da elevação no nível do Rio Acre, que marcou 17,58m às 12h deste sábado (1º). Essa é a maior cheia dos últimos oito anos.
O Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) informou que, se o rio continuar subindo, a Via Chico Mendes também deve ser interditada. Por conta da situação, a orientação dos órgãos de trânsito é que as pessoas evitem trafegar pela região sem necessidade.
LEIA TAMBÉM:
Sobe para 56 mil o número de moradores atingidos pela enchente do Rio Acre, aponta Defesa Civil
Governo Federal reconhece situação de emergência em três municípios do Acre por conta de enchentes
Enchente: governo do AC anuncia auxílio emergencial, aluguel social e liberação de parte do 13º a servidores
Com a Ponte Juscelino Kubitschek, conhecida como Ponte Metálica, interditada também devido à enchente, a Ponte Coronel Sebastião Dantas (ponte de concreto) segue com dois sentidos. Mas, como as vias ao seu redor estão interditadas, é necessário usar rotas alternativas.
“Neste momento, os únicos acessos à região do 2º Distrito da capital são pela 3ª ponte, na Via Verde, e pela 4ª ponte, na Avenida Amadeo Barbosa”, o coordenador da Coordenadoria Integrada de Fiscalização de Trânsito (Ciftran) do Detran, Wanderson Lima.
Rua 24 de Janeiro foi interditada na manhã deste sábado (1) por conta da alagação
Arquivo/Detran-AC
Enchente em Rio Branco
O Rio Acre passou da cota de transbordo na quinta-feira (23). Desde então, o manancial continua subindo e já atinge cerca de 56 mil moradores de Rio Branco.
São cerca de 972 famílias com cerca quase 3 mil pessoas desabrigadas. Ainda segundo a Defesa Civil de Rio Branco, 1,3 mil famílias com 4,5 mil pessoas estão desalojadas por conta da enchente, ou seja, foram levadas para casas de parentes ou amigos.
Cheia do Rio Acre em Rio Branco; março 2023
Pedro Devani/Secom
Ao todo, 40 bairros da zona urbana de Rio Branco estão atingidos pela enchente. Além disso, 27 comunidades rurais estão atingidas, com 4,1 mil pessoas de mais de mil famílias.
Unidades de saúde fechadas
A Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco precisou fechar entre essa sexta-feira (31) e este sábado (1) cinco unidades de referência em atenção primária e unidades de saúde da família por conta da cheia do Rio Acre na capital.
Entre as unidades estão a Urap Augusto Hidalgo de Lima, no bairro Palheiral, a Urap Eduardo Assmar, no bairro Quinze. Além da USF Triângulo Novo, USF Belo Jardim 3 e USF Aeroporto Velho.
Rua da Urap Eduardo Assmar, no bairro Quinze, está tomada pelas águas do Rio Acre em Rio Branco
Eldérico Silva/Rede Amazônica
Conforme comunicado postado nas redes sociais da prefeitura, a medida foi tomada por questão de segurança, uma vez que as águas do manancial já atingem as unidades, e deve perdurar até que a situação seja controlada.
Seis municípios acreanos decretaram situação de emergência: Rio Branco, Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Sena Madureira. No sábado (25), o governo federal reconheceu a situação de emergência em Rio Branco por causa dos estragos causados pelas chuvas e nessa quarta (29) fez o reconhecimento da situação de emergência de Brasiléia, Assis Brasil e Xapuri.
No domingo (26), os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva e o secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Wolff, chegaram ao Acre para um sobrevoo pelas áreas alagadas. Eles percorreram os bairros, conversaram com moradores e garantiram a liberação imediata de R$ 1,4 milhão para ajuda humanitária.
Reveja os telejornais do Acre

01/04/2023 17:44

Nenhuma visita