Segundo a comentarista Julia Duailibi, a ideia do governo é controlar a composição da CPI e focar em negociar com partidos que devem ficar com a presidência e a relatoria para “evitar um estrago que pode acabar mal”. Julia Duailibi analisa pontos de atenção da CPI sobre os atos antidemocráticos
O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve ler nesta quarta-feira (26) o requerimento de criação da comissão parlamentar mista de inquérito que vai investigar os atos golpistas de 8 de janeiro. Segundo a comentarista Julia Duailibi, o governo Lula não queria, a princípio, a instalação da CPI. No entanto, agora, a ideia da base é fazer uma contenção de danos.
Congresso tem sessão nesta quarta e deve criar a CPI para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro
“A ideia é controlar a composição, para controlar a presidência e o relator. (…) A presidência dá o ritmo dos trabalhos, coloca todos aqueles requerimentos para votação, e o relator faz o relatório final que, no limite, pode indiciar alguém, apontar que alguém pode ter cometido crime”, analisa.
Segundo a comentarista, parlamentares do PT e PL não devem ocupar a presidência ou a relatoria.
“Esses cargos críticos devem ficar com o blocão criado por Lira, formado por partidos também do Centrão. E, no Senado, deve ficar com outro bloco maior de senadores que é composto pelo MDB, União Brasil e Podemos. (…) O governo vai ter que negociar com esses outros partidos para evitar um estrago que pode acabar mal”, explica.
Veja o comentário completo no vídeo acima.
Duailibi: governo não queria a CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro, mas agora vai tentar ‘minimizar os estragos’
