Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB brasileiro cresceu 3,4% em 2024. Foi a maior alta desde 2021. Com alta do juro, crescimento deverá se menor neste ano. A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda informou nesta sexta-feira (7) que continua prevendo uma expansão de 2,3% para o Produto Interno Bruto (PIB) no ano de 2025, com desaceleração frente ao ritmo de expansão da economia no ano passado.
Essa é mesma projeção divulgada no mês passado pelo governo.
Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB brasileiro cresceu 3,4% em 2024. Foi a maior alta desde 2021, ou seja, em três anos.
Consumo e investimentos foram destaque no PIB do 2º trimestre
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A expectativa de um crescimento menor da economia neste ano acontece em um cenário de juros altos, com a taxa básica da economia atualmente em 13,25% ao ano, para conter o crescimento da inflação. Esse é o maior juro real do mundo.
“A partir do segundo trimestre de 2025, a contribuição do setor agropecuário para o crescimento deverá se tornar negativa, junto com a redução na expansão de atividades cíclicas. Para a segunda metade do ano, a perspectiva é de que o ritmo de crescimento se mantenha próximo à estabilidade, refletindo menores impulsos vindos dos mercados de crédito e de trabalho em função do patamar contracionista da política monetária [alta de juros]”, informou o Ministério da Fazenda.
Principais destaques do PIB em 2024:
Serviços: 3,7%
Indústria: 3,3%
Agropecuária: -3,2%
Consumo das famílias: 4,8%
Consumo do governo: 1,9%
Investimentos: 7,3%
Exportações: 2,9%
Importação: 14,7%
O que impulsionou o PIB de 2024
Pela ótica da produção brasileira, os maiores estímulos para o crescimento da atividade econômica vieram dos serviços e da indústria.
Dentro dos dois setores, três atividades se destacaram: o comércio (com alta de 3,8%), a indústria de transformação (também de 3,8%) e as outras atividades de serviço (5,3%).
Juntas, essas três atividades econômicas foram responsáveis por cerca de metade do crescimento do PIB em 2024.
Porém, embora os serviços — setor com mais peso no PIB brasileiro — tenham puxado o resultado do ano, no quarto trimestre houve uma desaceleração importante.
O crescimento entre outubro e dezembro foi de 0,1%, contra altas mais expressivas de 0,7% no terceiro trimestre, de 1,6% no segundo e de 0,9% no primeiro.
A indústria também teve um desempenho menor no último trimestre: uma alta de 0,3%. Antes, no terceiro trimestre, o crescimento foi de 1,0%. No segundo, alta de 0,7% e, no primeiro, de 0,5%.
A agropecuária, por outro lado, teve um ano mais difícil. No primeiro trimestre do ano, houve crescimento de 5,8%. Porém, no segundo (-2,3%), terceiro (-1,1%) e quarto (-2,3%) o setor teve uma sequência de quedas.
