Em meio a tarifaço, comércio com EUA bate recorde no 1º trimestre; Brasil mais importou do que exportou

Segundo dados do governo brasileiro e da Amcham, comércio bilateral somou US$ 20 bilhões nos três primeiros meses deste ano. No período, Brasil teve novo déficit comercial, no valor de US$ 654 milhões. Em meio a tensões comerciais resultantes do pacote de tarifas recíprocas imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o comércio com os norte-americanos evolui e bate recorde no primeiro trimestre deste ano.
De acordo com a edição do Monitor do Comércio Brasil-EUA, publicação trimestral da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), a corrente de comércio entre os dois países alcançou US$ 20 bilhões no primeiro trimestre de 2025 — o maior valor já registrado para o período desde o início da série histórica.
O crescimento foi de 6,6% em relação ao mesmo trimestre de 2024.
“O resultado reforça a solidez da relação bilateral e o dinamismo do comércio entre os países. Destaques incluem o forte desempenho das exportações da indústria brasileira e o crescimento das importações de bens de alto valor agregado, com ênfase em tecnologia e energia, informou a Amcham Brasil.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações brasileiras para os EUA somaram US$ 9,65 bilhões no primeiro trimestre deste ano, ao mesmo tempo em que as importações totalizaram US$ 10,3 bilhões.
Com isso, houve um déficit comercial de US$ 654 milhões para o Brasil no período.
“Os resultados do primeiro trimestre de 2025 reforçam a qualidade e o caráter mutuamente benéfico da relação comercial entre o Brasil e os Estados Unidos. As empresas que participam dessa relação desejam ampliar ainda mais comércio e investimentos bilaterais”,afirmou Abrão Neto, presidente da Amcham Brasil.

14/04/2025 08:49

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