Após limpeza, sargaço volta a aparecer em praia de Salinópolis, no Pará

Há duas semanas, toneladas de algas foram retiradas das praias de Salinas. Segundo especialistas, contato é prejudicial à saúde. A maré alta trouxe novamente uma grande quantidade de sargaço para a Praia do Atalaia, no município de Salinópolis, nordeste do Pará. Quem visitou o local na manhã da sexta-feira (5) se deparou com grandes áreas da faixa de areia cobertas pelas algas marinhas.
Há duas semanas, toneladas do material orgânico foram retiradas das praias de Salinas. O fenômeno também foi registrado em outras localidades da região nordeste do Pará, como Bragança e São João de Pirabas, que enfrentam o acúmulo de sargaço nas últimas semanas.
Toneladas de sargaço são retiradas da praia do Atalaia em Salinópolis
Especialistas destacam que, apesar da importância do sargaço para o ecossistema marinho, seu acúmulo nas praias pode prejudicar o turismo local e afetar a qualidade da água e da areia. Autoridades locais seguem monitorando a situação, com esforços contínuos de remoção do material das praias afetadas.
O sargaço, uma alga marinha que flutua na superfície do oceano, forma enormes massas ou “tapetes” que se deslocam com as correntes marítimas. Embora o fenômeno seja natural e tenha grande importância ecológica – servindo de abrigo e alimento para várias espécies marinhas, como peixes, camarões e tartarugas –, ele pode se tornar um problema ambiental quando chega em grandes quantidades às praias.
Contato é prejudicial à saúde
Em relação ao contato humano com algas, o professor Edson Vasconcelos, biólogo, doutor em oceanografia, coordenador do Laboratório de Ecologia Marinha e Oceanografia Pesqueira da Amazônia (Lemopa/Ufra) , explica que a questão aborda também a questão ambiental. Pois é necessário, fazer algumas ações de educação ambiental para impedir que as pessoas por curiosidade ou por chamar a atenção, mexam nas manchas de sargaço, tanto no mar, quanto também as que estão encostadas na na linha de areia, pois elas estão entrando no processo de decomposição.
Segundo ele, o sargaço tem diversos organismos associados e existem alguns organismos que podem liberar substâncias urticantes. O pesquisador alerta a população para ter cuidado e não entrar em contato com as algas. Ele afirma que as algas quando vivas, não são tóxicas, no entanto, quando ela começa a entrar em decomposição, na linha de costa, começa a liberar alguns gases, naturalmente da decomposição dela e pode ocasionar problemas respiratórios, por conta de danos a mucosa nasal e respiratória e também levar a dor de cabeça porquetem bastante enxofre.
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05/04/2025 11:00

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