Dólar opera em alta e volta a bater R$ 5,80, com aceleração da prévia da inflação, Haddad e tarifas de Trump


No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,43%, cotada a R$ 5,7554. Já o principal índice da bolsa de valores brasileira recuou 1,36%, aos 125.401 pontos. Notas de dólar.
Dado Ruvic/ Reuters
O dólar abriu em alta nesta terça-feira (25), com investidores de olho em novos dados de inflação no Brasil, falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a expectativa do início das tarifas dos Estados Unidos sobre as importações de outros países.
Por volta das 9h30, a moeda era negociada perto dos R$ 5,80.
Segundo o IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, avançou 1,23% em fevereiro. O resultado representa uma alta de 1,12 ponto percentual em relação ao IPCA-15 de janeiro, que ficou em 0,11%.
O mercado também monitora a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do BTG Pactual nesta manhã.
Já no exterior, investidores continuam reagindo às expectativas de que as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as importações do México e do Canadá devem começar a valer efetivamente em março, depois de um adiamento,
Essas tarifas — que outros países ameaçam corresponder — geram cautela no mercado porque podem elevar os preços de insumos e produtos no mundo todo, pressionando a inflação.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Em meio a decretos de Trump elevando tarifas, veja principais itens do comércio entre Brasil e EUA e as tarifas cobradas
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
Dólar
Às 09h27, o dólar subia 0,76%, cotado a R$ 5,7989. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,43%%, cotada a R$ 5,7554.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,43% na semana;
recuo de 1,40% no mês; e
perdas de 6,87% no ano.

a
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice teve baixa de 1,36%, aos 125.401 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
queda de 1,36% na semana;
perdas de 0,58% no mês;
alta de 4,25% no ano.

O que está mexendo com os mercados?
O mercado continua repercutindo as últimas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento da B3 na segunda-feira.
Por aqui, após falas recentes do presidente Lula sobre sua intenção de baixar o preço dos alimentos e sobre enxergar um crescimento melhor do que o esperado para a economia, as atenções ficaram voltadas para a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento da B3.
O ministro afirmou que “não existe um ajuste fiscal possível” caso a economia não cresça, destacando que os desafios fiscais e a necessidade de investimentos públicos não serão resolvidos apenas com o arcabouço fiscal.
Haddad também afirmou ser “politicamente difícil” corrigir desequilíbrios fiscais, reforçando que a determinação do presidente Lula é que a equipe econômica encontre o equilíbrio das contas públicas sem penalizar a população mais pobre.
As falas do ministro se somam aos recentes posicionamentos de Lula sobre a economia e a necessidade de baixar os preços dos alimentos, voltando a colocar os holofotes do mercado sobre o quadro fiscal do país.
Diante de todo esse cenário, também ficaram no radar as falas recentes do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, sobre o Caged. Segundo o ministro, o país deve reportar a criação de 100 mil vagas de empregos formais em janeiro. O relatório deve ser divulgado na quarta-feira.
O número, bem acima do esperado pelo mercado, também acende o alerta sobre o futuro dos juros no país. Isso porque mais emprego significa mais renda na mão da população — o que pode pressionar a inflação e obrigar o Comitê de Política Monetária (Copom) a seguir com juros restritivos por mais tempo.

25/02/2025 09:00

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