Gabriel Lucca, de Bocaina (SP), ficou famoso nas redes sociais há quase 5 anos, após escrever um bilhete em nome da professora dizendo não teria aula porque ‘poderia ser feriado’. Mãe Geovana e Gabriel Lucca, hoje com 9, que ficou famoso há 4 anos com a mensagem ‘é verdade esse bilete’ para tentar enganá-la e faltar da escola em Bocaina
Geovana Santos/Arquiva Pessoal
Quase cinco anos depois, a “mentirinha do bem” contada por Gabriel Lucca, à época com cinco anos, para faltar à escola ainda surpreende pela repercussão que ganhou. É o que garante a mãe Geovana Santos, destinatária do clássico “É verdade esse bilete”.
Neste dia 1º de abril, data conhecida como o Dia da Mentira, a artimanha que virou meme, um dos mais buscados no Google em 2018, é sempre alvo de lembrança na família que mora na pequena Bocaina (SP), de pouco mais de 12 mil habitantes, no centro-oeste paulista.
Para a mãe Geovana, o caso envolvendo o “bilete” escrito pelo filho será sempre uma memória carinhosa entre os dois e, por menor que tenha sido a mentirinha contada, ela fez parte do processo de alfabetização de Gabriel, que hoje tem 10 anos.
“Não imaginava tamanha repercussão, até hoje é algo muito surpreendente, sempre lembram. Há bastante nostalgia”, relata.
Gabriel, do “é verdade esse bilete” hoje tem 10 anos e quer ser veterinário
Arquivo Pessoal
Na época, o Gabriel Lucca tinha apenas 5 anos e estava começando a escrever. Ele queria ficar em casa para ver desenho na TV e, por isso, teve a ideia de inventar um “feriado”. Ele escreveu bilhete para mãe e ainda assinou como Tia Paulinha, que era a sua professora na época na escola em Bocaina.
A história foi postada pela professora Paula Renata Robardelli e viralizou. Hoje, a mãe garante que Gabriel já não escreve tantos bilhetes e também nunca mais tentou ludibriá-la para fugir da sala de aula.
“Gabriel sempre foi uma criança muito criativa e inteligente. Ele deu uma diminuída, mas ainda escreve bilhetes. Mas como aquele ele não fez mais”, conta Geovana.
Gabriel ficou famoso na web com postagem do ‘bilete’ que escreveu tentando se passar pela professora
Marcelo Risso / TV TEM
O sucesso do “bilete” foi tanto que, em 2020, Geovana até tatuou no braço a frase famosa. Além da frase, ela também registrou na pele o primeiro bilhete que Gabriel fez, com apenas 4 anos.
Em entrevista ao g1 na época, Geovana disse que Gabriel tinha acabado de fazer 4 anos quando escreveu o bilhete com a declaração de amor. (Veja na foto abaixo).
Geovana tatuou um dos bilhetes que recebeu do Gabriel em Bocaina
Arquivo pessoal
Gabriel está no quinto ano do ensino fundamental, mas, segundo a mãe, já pensa no futuro. O início promissor como escritor de ficção parece ter ficado para trás. “Quando ele crescer ele quer ser veterinário”, afirma Geovana.
‘É verdade esse bilete’ vira tatuagem na mãe de garoto que viralizou com pedido para faltar de aula
Arquivo pessoal
Repercussão positiva
Na época que escreveu o bilhete, a professora Paula contou, em entrevista ao g1, que foi uma surpresa ver que o pequeno Gabriel já estava escrevendo tão bem e que ele soube escrever e interpretar aquele texto como um formato de bilhete, diante das formas textuais trabalhadas em sala de aula.
O bilhete até virou lição na sala de aula, inclusive para consertar a parte errada dele, que traz a palavra “bilete” sem o H.
Menino escreveu bilhete em nome da professora para faltar à escola em Bocaina (SP)
Arquivo pessoal
Ela acredita também que a maioria das pessoas compreenderam a brincadeira inocente do filho e, por isso a repercussão foi tão positiva que inclusive chamou a atenção do time do coração do Gabriel, o São Paulo.Ela chegou a postar um desabafo nas redes sociais após receber críticas.
Após repercussão do ‘bilete’, menino de Bocaina foi convidado para conhecer o estádio do São Paulo
Arquivo pessoal
Ela acredita também que a maioria das pessoas compreenderam a brincadeira inocente do filho e, por isso, a repercussão foi tão positiva que inclusive chamou a atenção do time do coração do Gabriel, o São Paulo.
Depois de ser convidado para conhecer o Morumbi e assistir a um jogo do time de camarote em 2018, o menino recebeu um bilhete para lá de especial de um dos jogadores preferidos na época, o meio-campista Nenê.
Gabriel segura o bilhete que escreveu na tentativa de “fugir” da aula em Bocaina
Arquivo Pessoal
Dia da mentira
A data surgiu na França na época em que o Ano Novo era comemorado no dia 25 de março e seguia até 1º de abril, marcando o início da primavera. Quando a data foi mudada para 1º de janeiro, com a implantação do calendário Gregoriano, os franceses se revoltaram e continuaram a comemorar um “falso” Ano Novo no mês de abril.
No Brasil, a data começou a ser difundida em Minas Gerais, com a publicação de um periódico chamado “A Mentira”, que passou a circular em 1º de abril de 1829 que teve como notícia morte de Dom Pedro , que foi desmentida no dia seguinte.
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