Interdição total é no km 33,5, sentido Paranaguá; foram identificadas rachaduras e fendas na pista. Segundo Dnit, trecho está ‘geologicamente comprometido’. Trecho da BR-277 é interditado após afundamento de pavimento em Morretes
O trecho do km 33,5 da BR-277 em Morretes, no litoral do Paraná, permanece interditado no sentido Paranaguá após novas análises realizadas por geólogos e engenheiros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) nesta quarta-feira (8).
Um afundamento do asfalto foi identificado no local, além de rachaduras.
Não há previsão de liberação.
O local foi fechado ainda na noite de terça (7) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Imagens divulgadas pela corporação mostram fendas na rodovia. Assista acima no vídeo.
Segundo a PRF, equipes do DNIT estão sinalizando e preparando o local para um desvio.
Em nota, o órgão federal afirmou que o problema aconteceu em decorrência das chuvas.
Enquanto não houver o desvio, a PRF frisou que a pista sentido litoral permanecerá interditada no km 60, na altura da antiga praça de pedágio, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Por isso, será necessário utilizar rotas alternativas.
Rotas alternativas
Veículos de passeio: Estrada da Graciosa e BR-376, pelo ferryboat de Guaratuba;
Veículos pesados: BR-376 pelo ferryboat de Guaratuba (máximo 26 toneladas);
Trecho da BR-277 permanece interditado após afundamento de pavimento em Morretes
PRF
O que diz a FIEP
Em nota, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) informou que acompanha os desdobramentos da interdição da pista e diz que o problema é resultado da falta de manutenção preventiva nas rodovias.
“A nova interdição parcial da BR-277 vai aumentar ainda mais o tempo de transporte de cargas da indústria paranaense que tem como origem ou destino o Porto de Paranaguá. Cenário que tende a ser ainda mais problemático pela aproximação do período de escoamento de uma safra agrícola recorde, entre março e abril, que mais do que dobrará a quantidade de caminhões que chegam ao pátio de triagem do porto, à qual se somará o número relevante de caminhões de contêineres com o mesmo destino”, diz a nota.
O manifesto informa também que, com o problema, as indústrias, transportadoras e produtores agrícolas terão aumento de custos, que se reverte em prejuízos para as empresas e para o estado.
Lentidão
Segundo a PRF, por conta do bloqueio, motoristas podem enfrentar filas no trecho interditado.
Desde o final de 2022, a região tem tido lentidão no sentido litoral por conta de obras de reparo da estrada, atingida por um grande desmoronamento de pedras há cinco meses.
Em fevereiro deste ano, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR) disse que a obra na altura do km 41 tinha entrado na fase final, mas não deu prazo para a conclusão.
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